Quantcast
Channel: SkyscraperCity
Viewing all articles
Browse latest Browse all 34720

Juazeiro (BA) - Cidade Polo do Vale de São Francisco e Oásis do Progresso no Sertão Nordestino

$
0
0





A Cidade || Juazeiro



Juazeiro é município do estado da Bahia, localizado na região sub-média da bacia do Rio São Francisco, em sua margem direita, na divisa com o estado de Pernambuco, interligando-se ao estado pela ponte Presidente Dutra. A cidade se destaca pela agricultura irrigada que se firmou na região graças às águas do rio. Além da sede, o município de Juazeiro possui oito distritos, denominados: Abóbora, Pinhões, Itamotinga, Massaroca, Maniçoba, Juremal, Carnaíba do Sertão e Junco. O IBGE estimou a população total em 214,748 residentes em 2013.



Juazeiro teve sua população estimada em 215 mil habitantes






Apenas sinta o Som


Juazeiro ocupa uma geografia privilegiada, às margens do Rio São Francisco e foram as águas desse rio que deram nova importância à região, deixando de servir basicamente de modal logístico para ser fonte de uma atividade econômica que fez escola naquelas paragens: a agricultura irrigada. Juazeiro em conjunto com Petrolina (PE) formam atualmente o maior aglomerado urbano do semiárido, e polarizam o desenvolvimento de várias outras municipalidades ao redor. Essa transformação iniciou-se nos anos de 1970, acelerando na década seguinte, com a intensificação da implantação dos projetos de irrigação na localidade, contando com a ação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do governo federal. Atualmente, o Polo Integrado de Desenvolvimento Petrolina-Juazeiro é o maior exemplo de como é possível gerar riquezas no sertão através da agricultura. A população local, até então ocupada na pecuária extensiva e na agricultura de subsistência, está hoje muito bem envolvida nos projetos de agricultura irrigada. Levando em consideração as ocupações indiretas, atividades puxadas pelo setor, fala-se em números bem expressivos quanto o poder de atração populacional que as cidades exercem. A composição dessa população não é somente de baianos e pernambucanos, há cearenses, piauienses, sergipanos e habitantes oriundos do Sul e Sudeste do país que migraram para à região atraídos pelas oportunidades que iam surgindo.



Mapas Urbano e Municipal || Juazeiro



A fruticultura e suas dependências colocam a cidade de Juazeiro no patamar das principais localidades de exportação e produção de frutas do Brasil. O PIB de 1,927 bilhões é construído com muito trabalho em seus projetos irrigados, em seu distrito industrial e no setor de Serviços diretamente ligado à sua população. O Poder de compra dos juazeirenses é hoje de 2,214 bilhões (Ipc Target/2013). A renda per capita da cidade chegou aos R$ 9,700 mil.

A região do São Francisco é mencionada como mérito de homens que sempre pensaram a frente de seu tempo. As ações adotadas pela esfera federal, estadual e municipal articuladas, trouxe o Progresso para Juazeiro, Petrolina e demais cidades vizinhas. Juazeiro e o Nordeste estão alinhados no ritmo de Crescimento. A economia da Região tem sido puxada pelo aumento do consumo. E na maior cidade do Norte baiano não é diferente. É nítida a chegada das grandes empresas que geram renda, emprego e melhorias na vida da população. Os principais bancos do Brasil estão abrindo novas agências frente à circulação intensa do capital na cidade. Juazeiro abriga gente de todos os estados do Brasil que chegam para ter melhores oportunidades.




Expansão Imobiliária nas Margens do Rio São Francisco




A História || Juazeiro











Juazeiro em Números || Dados Sociais e Econômicos







Fotografías || Juazeiro






☆ 01





☆ 02





☆ 03





☆ 04





☆ 05





☆ 06





☆ 07





☆ 08





☆ 09




☆ 10





- O Sertão supera a seca -



O sertão não virou mar. Tampouco a chuva, compadecida do histórico sofrimento sertanejo, resolveu fazer as pazes com as terras de lá. A seca continua, como sempre. Mas, para algumas localidades do semiárido nordestino, a estiagem já não motiva mais as angustiadas ladainhas de lamentação. O solo, que antes expulsava os seus filhos, hoje atrai gente das grandes metrópoles. O clima é o mesmo, mas a atitude do homem está, aos poucos, criando um novo sertão - na rota do desenvolvimento.



Foto: Harisson Souza


A terra rachada, a seca, a fome, a desnutrição são elementos de uma imagem construída ao longo de décadas, fruto não somente das condições climáticas, mas também de descaso político. O Nordeste foi se desenvolvendo pelo litoral; o Interior, com todas as suas problemáticas, foi sendo esquecido. Por muito tempo, não se acreditou nas potencialidades destas terras semiáridas, que ocupam 86% do território da região e abrigam 15% da população nacional (incluindo a parte que se expande pelo norte do Sudeste). Dessa sofrível realidade - que ainda não deixou de existir - já se falou muito.


UM NOVO OLHAR

Pouco se sabe, contudo, de um sertão que vem dando certo, aquele que desenvolve atividades econômicas que começam a revolucionar e contrapor este estereótipo nordestino. Ele existe, sim, e cresce.

Ao longo desta vasta área, foram-se criando polos de desenvolvimento econômico, que têm como base diversas atividades produtivas. Alguns são polos já consolidados, gestados à época da forte atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) - hoje recriada e cinquentenária -, num período em que o avanço do Nordeste começou a ser pensado de forma sistemática. Exemplos disso são a atividade agroindustrial de Petrolina-Juazeiro, entre Pernambuco e Bahia, e a calçadista do Cariri, no Ceará. Já outros caminharam de forma mais lenta, porém, hoje já registram um maior crescimento e se inflam de expectativas para um futuro próximo. É o caso, por exemplo, do polo conhecido por Alto Piranhas, na Paraíba, liderado pelos municípios de Sousa e Cajazeiras.

"Terra fértil, onde o que se planta dá", garante Carlos Porro, empresário de fruticultura na zona rural de Mossoró, sertão potiguar. E pelas terras antes cinzentas vimos brotar uva, melão, banana, goiaba, coco, milho, entre tantas outras culturas. Bastou oferecer água para ver rapidamente o cinza-amarronzado tornar-se verde. A experiência é realidade em vários projetos de perímetros irrigados, hoje responsáveis por parte significativa da produção nacional de frutas.

Parecem verdadeiros oásis encravados em meio à "mata branca", significado indígena para a palavra caatinga, vegetação predominante da região. Com a recente exploração desse solo, encontrou-se também minerais que hoje despertam o interesse de gente grande de várias partes do mundo, e já movimentam a economia de vários municípios. E abaixo desta terra, o ouro negro. O petróleo mudou a história de Mossoró e de muitos municípios ao redor, e agora é esperança de uma nova economia para cidades do sertão paraibano, que começam a se integrar a esta atividade. "O sertão tem sofrido muito, agora chegou a sua vez", diz o outrora retirante e hoje investidor de Cajazeiras, Essuélio Moraes. Histórias como a dele, de gente que sofreu na seca e atualmente vê e participa do desenvolvimento do sertão, permearam a viagem de 15 dias que a reportagem fez pelas "brenhas" nordestinas. Um interior que busca seu espaço, após séculos de esquecimento.

Fonte: Diário do Nordeste




☆ 11





☆ 12





☆ 13





☆ 14





☆ 15





☆ 16





☆ 17





☆ 18





☆ 19




☆ 20



- Com as bençãos do Velho Chico -



Amparada pelo gigante das águas, Juazeiro colhe frutos cada vez mais promissores - Harisson Souza



São 120 mil hectares irrigados, ocupados tanto por grandes, como por pequenos e médios produtores, em projetos públicos e privados. A área irrigável, na verdade, é bem maior: são 360 mil hectares, ou seja, ainda há bastante espaço para expandir. Essa produção remexeu a economia local. A cidade começa a crescer para cima, com prédios modernos e para os lados com uma vasta oferta de serviços nas ruas da cidade. O trânsito já se torna complicado em certos horários - intervenção com cinco viadutos e 10 km de vias expressas estão andamento. O aeroporto da cidade vizinha, Petrolina, traz visitantes diariamente e, entre eles, novos investidores. A região pulsa, com suas oportunidades, e com seus problemas.


DIVERSIDADE QUE CRESCE

O Vale do São Francisco hoje produz, entre outros, mamão, maracujá, melancia, banana, acerola e, principalmente, goiaba, uva e manga. E essa variedade continua crescendo, com as experiências que vão sendo feitas a todo momento pelos produtores, como é o caso das novas plantações de azeitona e pera, que estão sendo testadas na Fazenda Sereníssima, pertencente ao grupo VDS (Vale do Sol), em Lagoa Grande, Pernambuco (a 50 quilômetros de Juazeiro). "Temos que fugir do convencional", justifica o gerente geral da fazenda, Marcelo Giesta. A mudança é descrita por todos aos quais se pergunte sobre o passado. Na voz de Arthur de Souza, vice-presidente da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortifrutigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), já não há mais como comparar com o que ficou pra trás: "Isso era sertão seco, na constituição do País. Havia IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) muito baixo, e agora as coisas estão diferentes. A região não tinha nada, agora é rica. É uma região hoje que importa dinheiro".


- Fruticultura Irrigada em Juazeiro -


Parte da literatura sobre a região tem se ocupado em analisar a região numa ótica otimista e dão destaque à sua dinâmica econômica, em comparação com outras áreas do Nordeste e mesmo do país. Estudos ressaltam o desenvolvimento regional e enfatizam o a fruticultura irrigada. No Vale do São Francisco surge uma mística que tem como ênfase o desenvolvimento acima da média nacional, construindo a imagem da região como um oásis.

Um estudo aponta que nas últimas quatro décadas aconteceu, no Nordeste brasileiro, importantes mudanças tanto no plano econômico quanto no social, particularmente no Semiárido. E Juazeiro está dentro de uma das regiões agrícolas mais dinâmicas do país. Os estudos retratam a convergência dos fatores climáticos e também do papel do Estado como promotor desse desenvolvimento. Os investimentos captaneados pelo Estado para a construção de grandes projetos de irrigação nos anos 1970, associados aos incentivos fiscais e financeiros de agências governamentais como SUDENE e BNB. Deve-se levar em consideração o papel ativo de outros órgãos do Estado como CODEVASF e CHESF como elementos propulsores do desenvolvimento e que tornou essa região um pólo atrativo de imigrantes. Para melhor compreender este fenômeno, serão postadas dentro dos textos da matéria gráficos comparativos com as principais culturas produzidas em Juazeiro com outros municípios de referência selecionados aleatoriamente.




Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Montagem: Harisson Souza


Manga é o principal produto da região. Alvo de vários países, o fruto tropical é grande gerador de renda no Vale do São Francisco e destaque na exportação. Apesar de ganhar destaque na produção de uva e ter nela sua fonte número um de proventos, é com a manga, principal fruta tropical da região, que o Vale do São Francisco cultiva a maior parte de suas terras. Com uma área total de 35,6 mil hectares destinados a esta cultura, a manga garante 38% de toda a área cultivada da região (a uva ocupa 22%), respondendo, também, por 84% das exportações brasileiras do item.




Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Montagem: Harisson Souza


Na Special Fruit, são produzidas 14 mil toneladas de manga por ano em 600 hectares de plantação. Deste total, 70% são levados para o mercado externo. Juazeiro e Petrolina/PE são os maiores produtores de manga do País, cultivo que envolve tanto pequenos produtores, nos distritos de irrigação públicos, como grandes. Entre estes de maior porte, destaca-se a Special Fruit, operando na região desde 1990. A empresa possui duas fazendas, localizadas nos dois principais municípios do vale. No caso da fazenda de Juazeiro, são 600 hectares só de manga, além de outros 200 hectares de uva.


COMPRADORES PELO MUNDO

De acordo com a gerente comercial de exportação da Special Fruit, Marijke Daamen, a empresa produz 14 mil toneladas de manga por ano, exportando 70% desse total, levados para o Canadá, EUA, Argentina, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda e Inglaterra e Portugal. O restante é absorvido pelos consumidores nacionais. "O mercado interno está mostrando um potencial imenso, pelo aumento da renda do brasileiro. Também ampliamos a parcela para este mercado por conta do câmbio atual, que dificulta a exportação e diminui o faturamento enormemente", explica.




Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Montagem: Harisson Souza


O setor de fruticultura movimenta volumes elevados de dinheiro, por isso as cidades ao redor dessa produção têm mostrado tanto vigor econômico. O investimento por safra de manga, por exemplo, envolve R$ 12 mil por hectare, o que representa, ao todo na fazenda de Juazeiro, um aporte anual de R$ 7,2 milhões. Expandindo esse valor para toda a área cultivada do vale, chega-se à cifra de R$ 427,56 milhões.

Apesar de a manga ter um valor de comercialização inferior à uva, ela possui a vantagem de ser mais resistente às intempéries, não havendo uma perda tão grande com chuvas fortes. Além disso, a manga é produzida no vale o ano todo, tendo o seu pico nos meses de agosto e setembro.




☆ 21





☆ 22





☆ 23





☆ 24





☆ 25





☆ 26




☆ 27





☆ 28





☆ 29





☆ 30



- Juazeiro Espera -




Fonte: Detran/BA e Foto: Harisson Souza


Além de uma frota de circulação considerável, as ruas estreitas e a estrutura urbana proveniente da metade do século passado, configuram o fluxo do trânsito no caos urbano. A evolução da frota municipal, que hoje é a quarta maior do estado, superou todas as projeções idealizadas no início da última década. Se em 2005 eram 27,364 veículos de acordo com o IBGE, o Detran/BA já divulgou o número de 79 mil antes mesmo do ano de 2013 terminar. As vias urbanas não estão acompanhando o crescimento averiguado e isso acaba transformando o cotidiano dos juazeirenses e dos habitantes de entorno. Para finalizar o quadro descrito, a BR 407 que liga o Sertão Nordestino ao restante do NE bem como o Sul e Sudeste do país, corta a cidade da Zona Sul ao Rio São Francisco colaborando no curso diário de um tráfego estimado em 50 mil veículos por dia somente nessa rodovia federal.

Para aliviar o trânsito da cidade e da RIDE a qual está inserida, foi desenvolvido o Projeto de Travessia Urbana já licitado pelo DNIT e com obras iniciadas pelo Consórcio entre a SVC, TOP Engenharia e Paviservice. Deverão ser investidos um capital em torno de 60 milhões de reais, provenientes do PAC2, Programa de Aceleração do Crescimento, obras que deverão modificar o perfil urbano da terra de João Gilberto e Ivete Sangalo. A previsão de término é em dois anos e meio visto às adequações de iluminação, desvio e restauração.

A rodovia estadual BA 210 que liga Juazeiro aos outros municípios do Norte baiano está parcialmente duplicada num trecho de 3,5 km. Os outros 5,5 km aguardam licitação por parte do Governo da Bahia. A Codevasf é a responsável pela duplicação da Rodovia Salitre que termina fechando o Anel Viário. Porém todas as obras citadas enfrentam problemas com os prazos, prejudicando as intervenções propostas e a paciências de quem reside na região. Juazeiro espero pela conclusão de suas vias e para assim então crescer com estrutura.



☆ 31




☆ 32





☆ 33




☆ 34





☆ 35





☆ 36





☆ 37





☆ 38





☆ 39





☆ 40




- Frutos da Educação -


Na Special Fruit, cerca de 2 mil pessoas chegam a trabalhar no local, a maioria formada de gente vinda do Ceará e do Piauí. O quadro fixo é composto por 800 funcionários. De acordo com Marijke, esse pessoal recrutado da região, hoje, não atua somente como operário de produção, como ocorria no passado. "Temos técnicos agrícolas, administradores e agrônomos formados aqui. Juazeiro conta hoje com universidades públicas. Há 20 anos, não tinha nenhuma delas. Tem ainda a escola Agrotécnica e as faculdades particulares. O acesso à educação não é problema", diz.



Foto: Harisson Souza

UNIVASF - é uma universidade pública situada nos estados da Bahia, Pernambuco e Piauí, com campi nas cidades de Juazeiro, Petrolina, São Raimundo Nonato, Senhor do Bonfim e agora Paulo Afonso. Foi criada pela Lei nº 10.473 de 27 de junho de 2002. É uma instituição de ensino superior vinculada ao Ministério da Educação (Brasil). A finalidade é de atuar no semiárido nordestino. O seu projeto é interestadual, sendo a primeira Universidade regional dentro do Programa Especial de Desenvolvimento do Pólo Petrolina-PE/Juazeiro-BA. Com a edição do Decreto nº 4.465, de 13 de novembro de 2002 e do Decreto nº 4.935 de 23 de dezembro de 2003, coube à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) o papel tutorial das atividades de implantação e execução de um projeto de estrutura institucional.

Em Juazeiro/BA os cursos ofertados são: Artes Visuais, Ciências Sociais, Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção e Engenharia da Computação. O Mestrado de Ciências dos Materiais está presente neste campus.



Campus Juazeiro Country - Foto Harisson Souza


UNEB - É a maior instituição pública de ensino superior das regiões Norte e Nordeste do Brasil, com sede na cidade de Salvador, capital da Bahia, mas presente geograficamente em todas as regiões do Estado, estruturada no sistema multicampi. Possui 29 departamentos, sendo 4 sediados em Salvador e outros 25 em centros regionais. Através de um programa especial em convênio com prefeituras municipais baianas, faz-se presente em aproximadamente 137 municípios, para graduar professores em exercício na rede pública. Em Juazeiro possui os cursos de Graduação em Comunicação Social, Pedagogia, Direito e Agronomia. É ofertado Mestrado em Horticultura Irrigada.

Faculdade São Francisco de Juazeiro (FASJ) - Privada e com sede em Juazeiro, porém é uma extensão da FASB na cidade de Barreiras. Oferece os cursos de Publicidade e Propaganda, Fisioterapia, Administração e Ciências Contábeis.

Outras Universidades à distâncias são: UNOPAR Pólo Juazeiro (Administração, Serviço Social, Geografia, Letras, História, Matemática, Pedagogia, Biologia e Ciências Contábeis), FTC e a UNIDERP-ANHANGUERA.




IMIGRANTES



Migrações para o Polo Petrolina/Juazeiro, Sinop, Cruzeiro do Sul, Cascavel e São José do Rio Preto - IBGE Censo 2010


Do Especial Diário do Nordeste: Vale atrai gente de outros estados

Luiz Carlos e a família dividem o mesmo ambiente de trabalho. Saído da terra do Padim Ciço, Luiz Carlos da Silva, 37, encontrou a oportunidade de seu primeiro emprego formal em outra Juazeiro, a da Bahia. Em uma passagem por aquelas terras, fez um trabalho de "bico" na Special Fruit, em período de pico da safra. O desempenho foi tão positivo, que o próprio dono da empresa, o japonês Suemi, foi buscá-lo no Cariri cearense para que ficasse na fazenda. De lá para cá, são 23 anos dedicados à cultura da uva e da manga no Vale do São Francisco.

Mas ele não foi só: a família em peso divide o mesmo ambiente de trabalho. Dos sete irmãos, quatro trabalham na empresa, além da esposa e da cunhada. Carlos, que começou trabalhando na capinassem, hoje coordena o setor de "packing" (embalamento) da fazenda. Alguns dos irmãos já seguiram o exemplo: um é coordenador de campo, outro fiscal de esteira. "Foi aqui que consegui ter um emprego digno, me orgulho muito, tô feliz demais. Tudo o que eu construí foi aqui, na agricultura. Antes sonhava em ter uma bicicleta, hoje saio no meu carro", comemora. E não é só a família que o faz sentir em casa na fazenda: "Tem muito cearense aqui. Se tem mil funcionários, 300 ou 400 são do Ceará".




Mansões do Country Club - Harisson Souza

O seu colega de trabalho, João Domingos, 45, também é um imigrante, mas percorreu um caminho bem diferente daquele seguido por boa parte dos trabalhadores que foram buscar oportunidades em outras terras. Ele é de São Paulo, e foi em Juazeiro que começou a fazer sua carreira. Ainda na capital paulista fez um curso de técnico agrícola, que abriu as portas para ele em empresas da região. Começou com assistente técnico de pequenos produtores e, há 10 anos, trabalha na Special Fruit, entrando como supervisor de packing.

"Há 25 anos trabalho na agricultura e, se não fosse ela, não sei o que seria dessa região. O campo de trabalho, o agrobusiness, progrediu muito. Muitas empresas de fora vieram. As da região cresceram. Antes, uma fazenda empregava 300 pessoas na safra, hoje são 1500. A cidade cresceu rápido e é oportunidade de emprego para outras regiões", destaca.




Mansões do Country Club - Harisson Souza


O Polo Petrolina-Juazeiro possui uma imigração considerável. Boa parte de sua população é oriunda de outras regiões do país e vieram atraídos pelo Progresso do Vale. O IBGE através do Censo constatou que a migração das duas principais cidades está na faixa dos 31-50% e é uma migração que já ocorre há certo tempo porém ainda recente.



Juazeiro e Petrolina se encaixam na faixa dos 31-50% de População Imigrante. Luís Eduardo Magalhães (BA) é o único município do Nordeste onde esse número supera os 80%. Outras cidades baianas como Barreiras e Porto Seguro, se destacam junto com Juazeiro nesse quesito.



☆ 41





☆ 42






☆ 43





☆ 44





☆ 45





☆ 46





☆ 47





☆ 48





☆ 49





☆ 50




- Colhendo os Frutos -


A fruticultura irrigada regional corresponde por mais de 90% da que é exportada pelo Brasil. A manga e a uva tiveram uma produção de 61 mil toneladas em 2012, o que corresponde um Valor Bruto de Produção – VBP de R$ 43 milhões. No mesmo ano foram exportados 51.995.160kg de uva e 127.002.229kg de manga para a União Européia, Estados Unidos, América do Sul, Ásia, Oriente Médio e Canadá, principais destinos das exportações.

Juazeiro destaca-se como um dos principais centros de produção e exportação de frutas frescas do País. Todas as culturas são provenientes de áreas irrigadas sendo as mais importantes: manga (Tommy, Haden, Palmer e Keith); uva (Itália, Red globe, Benitake e Festival) com duas colheitas anuais; goiaba (Paluma, Rica e Pera); banana (Pacovan e Prata anã) e coco (Anão). Hoje o município é referência nacional na agricultura de irrigação. Realizando inclusiva, a cada dois anos, a maior feira da agricultura irrigada da América Latina – FENAGRI (Feira Nacional da Agricultura Irrigada) que agrega toda a cadeia produtiva do setor, atraindo investidores e empresários nacionais e internacionais. A cidade é o 1º produtor estadual de Cana-de-açúcar, manga, tomate, melão e uva. O 2º produtor estadual de batata-doce, melancia, goiaba e limão; e o 3º de banana e cebola.



CEASA DO VALE


O Mercado do Produtor, em Juazeiro-BA é considerado o 4º maior entreposto comercial do país, e em 2012 comercializou cerca de 1 bilhão de reais em hortifrutigranjeiros. E o cenário continua se expandindo. O grande filão de mercado agora é a citricultura. Pesquisadores da Embrapa estão desenvolvendo a citricultura na região e já apontam vantagens: a produção pode ocorrer o ano inteiro; custo 20% mais barato que o mercado e redução das pragas devido o clima.



Fonte: Dados divulgados em 2010 pela Conab - Companhia Nacional de Abastecimento. De acordo com a Prefeitura, o MP Juazeiro rompeu a barreira de 1 bilhão em comercialização no ano passado. Montagem: Harisson Souza




- Caprinovinocultura -


A atividade da caprinovinocultura, ainda em expansão, na Bahia, ocupa o 1º lugar em rebanho da região Nordeste, com 3 milhões de cabeças, correspondendo a 13% do PIB do Estado. Essa atividade é estratégica para o desenvolvimento social, econômico e tecnológico da Bahia e representa a principal forma de poupança disponível, constituindo-se em um fator de segurança indispensável à sobrevivência da família, tanto pela sua melhor adaptação às condições do meio, como pela sua fácil comercialização.Segundo a Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Sertão do São Francisco (ACCOSSF), o rebanho regional conta hoje com uma média de 375 mil caprinos e 187 mil ovinos. Um número que está sendo ampliado através da utilização do melhoramento genético, como forma de ampliar os plantéis. A técnica tem permitido aos criadores melhorar a qualidade e a quantidade do rebanho, reduzindo os custos e aumentando a renda com a produção de ruminantes das raças Dorper e Boer. Além disso, está sendo implantado em Juazeiro um laticínio para produção de queijos finos de cabra, o que vai dinamizar a cadeia produtiva regional.




Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Montagem: Harisson Souza

No estado da Bahia os principais produtos da ovinocaprinocultura são a carne e o couro. A produção de pele de cabras e carneiros não é suficiente para atender a demanda da indústria, o que tem levado alguns curtumes a investirem na capacitação dos pequenos produtores com o objetivo não só de aumento da produção mas de ganhar qualidade. Os principais curtumes do estado são: o Campelo, em Juazeiro e a Brespel, em Alagoinhas. A Bahia possui um grande diferencial competitivo no mercado de carne, por ser junto com Sergipe os estados do nordeste autorizados a comercializar a carne para outros estados, por serem os únicos considerados zonas livres de aftosa, com vacinação, reconhecida pela comunidade internacional.



☆ 51





☆ 52





☆ 53





☆ 54





☆ 55





☆ 56






☆ 57






☆ 58






☆ 59





☆ 60



- Serviços -



A Bahia continua líder na geração de empregos na região Nordeste em 2013, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Juazeiro e Casa nova ficam entre o segundo e terceiro lugar de cidades baianas com mais empregos gerados em 2013, ficando atrás apenas para a capital Salvador. Em Maio deste ano, Juazeiro teve um destaque nacional: a cidade que mais empregou no Brasil. Foi um saldo líquido de 1955 empregos no período. As conquistas de aumento de emprego é resultado de uma política de atração de novos investimentos, desenvolvidas pela Prefeitura desde 2009, levando o município a obter desenvolvimento econômico e social.



Uma das Maiores Lojas Assaí do Brasil - Harisson Souza


Na cidade, investimentos privados e públicos, como é o caso da construção de residências populares do Minha Casa, Minha Vida, numa parceria com o Governo Federal, tem sido responsáveis pela geração dos empregos. Neste segmento, foram gerados quase 3 mil novos postos de trabalho. 2.500 casas foram construídas, sendo que estão em obras mais 1.500 novas moradias.

Além do construção civil, a vinda de grandes atacarejos como o Assaí da Rede Pão de Açúcar, o Mercantil Rodriguês e o Hiper Gbarbosa da Cencosud fomentam os números. O setor imobiliário não para de crescer no Vale do São Francisco. Juazeiro vem recebendo grandes investimentos no ramo de habitação promovendo uma aquecimento da economia local, geração de empregos e renda para os juazeirenses. A construtora sergipana Jota Nunes já tem 10 anos que atua na região é um exemplo de sucesso. O grupo Delta Ville e a AMF empreendimentos são mais dois exemplos de empresas que foram atraídas pelo desenvolvimento da região.



Construção do Delta Park com 8 mil lotes em avenidas asfaltadas e com serviço completo pela Deltaville de Brasília/DF - Foto: Harisson Souza


SOBRE O DELTA PARK - RECORD NACIONAL DE VENDAS

O DeltaPark Juazeiro tornou-se a coqueluche do Vale do São Francisco e não sai da cabeça da população da região. Prova disso foi a procura frenética por lotes, o que resultou no número recorde de 7.135 unidades vendidas. Ou seja, uma média de 475 comercializados por dia. “Isso já era esperado em razão do sucesso alcançado em outros empreendimentos. E demonstra a capacidade da população de Juazeiro, Petrolina e municípios próximos de perceber uma grande oportunidade”, disse Antonio Guadagnin, presidente da Deltaville Empreendimentos Imobiliários. O resultado parcial de vendas da Deltaville em 2013 em loteamentos localizados nas cidades de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Eunápolis e Juazeiro, todas no estado da Bahia, somam mais de 11 mil unidades vendidas.

O DeltaPark é um loteamento urbano localizado na cidade de Juazeiro, norte da Bahia. Conta com um total de 7.882 lotes e tem como o seu maior diferencial a oferta de infraestrutura completa – rede de água, asfalto em todas as vias, rede de esgoto, iluminação pública, rede elétrica e rede de drenagem pluvial. “A procura cresceu muito nos últimos dias, o que confirma a preferência da população por um produto superior, bem localizado e diretamente comprometido com qualidade de vida de quem vai morar nele”, detalha o diretor Executivo da Deltaville, Eder Guadagnin.



Deltaville Empreendimentos


ENERGIA SOLAR DOMÉSTICA

Contemplada pelo programa Minha Casa, Minha Vida há dois anos, Gilsa Martins de Oliveira, 54, tornou-se proprietária de uma casa de dois quartos no condomínio Morada do Salitre, em Juazeiro (BA). A partir do final deste mês, ela passa a gerir também uma "microusina" doméstica de energia solar. O calor do sol nordestino será colhido por espelhos gigantes espalhados por uma superfície de 2.400 m² e armazenado em tubos que manterão a temperatura a 500°C. "O equipamento solar será conectado diretamente às linhas de vapor utilizadas para a produção de pneus", explica Mario Apollonio, gerente de energia da Pirelli.



Placas Solares nas 1,500 residências de um Novo Bairro na zona periférica de Juazeiro. Foto Harisson Souza


"Com o uso de energia solar, a emissão de carbono será zerada nessa etapa", explica o técnico. A estimativa é de redução de 2.000 toneladas na emissão de C0², em cinco anos, sem a queima de gás natural ou diesel para alimentar as caldeiras. "É um projeto que começou a nascer na Rio+20", explica à Folha Paolo Dal Pino, presidente da Pirelli para América Latina. O investimento é de cerca de 2 milhões de euros, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente da Itália. "É o começo de um percurso do compromisso de reduzir o uso de combustíveis fósseis na cadeia produtiva", diz o CEO.

Orçado em R$ 7 milhões, o projeto de microgeração de energia é voltado para moradores com renda de até três salários mínimos, organizados numa associação que vai administrar os recursos. Os italianos também apostam no potencial brasileiro. "Além deste projeto na Bahia, estamos propondo o uso de tecnologia similar para geração de eletricidade em São Paulo, na construção civil, universidades e hospitais", explica Corrado Clini, diretor do Ministério do Meio Ambiente da Itália.





☆ 61





☆ 62





☆ 63





☆ 64





☆ 65





☆ 66






☆ 67






☆ 68





☆ 69





☆ 70




- Futuro Promissor -




MOSCAMED

Já pensou em criar Mosquitos Transgênicos no meio do Sertão Nordestino? A primeira bio fábrica do Brasil instalada em Juazeiro, abriu essa possibilidade. A Moscamed Brasil é uma Organização Social (OS) reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e pelo Governo da Bahia.

Sediada na cidade de Juazeiro, na região norte da Bahia, a Moscamed também está presente em outros estados em parceria com as Agências Estaduais de Defesa Agropecuária. Suas atividades são voltadas para a produção de insetos empregados no manejo integrado de moscas-das-frutas, no monitoramento de espécies de interesse econômico, como a espécie de moscas-das-frutas, Ceratitis capitata, que é responsável pelos maiores danos causados a fruticultura mundial, e na capacitação, treinamento e disseminação de informação técnico-científica.

Desde sua fundação em 2005, a Moscamed emprega as melhores técnicas em sua área de atuação e responde com eficiência às demandas dos setores público e privado. Realiza monitoramento ambientalmente seguro nas culturas de manga, uva, melão, maçã, papaia, goiaba e acerola. A instituição foi escolhida pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para ser a primeira biofábrica do mundo a utilizar a tecnologia de raios-x para a esterilização de insetos, e é reconhecida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) como entidade de pesquisa. A Moscamed é um marco para o Brasil, no âmbito da Gestão, Tecnologia e Inovação.




PLATAFORMA LOGÍSTICA MULTIMODAL DO SÃO FRANCISCO





Perspectiva da PLMSF em Juazeiro/BA


[LEFT]A região está com perspectivas muito promissoras também nas áreas de serviço e logística. A Plataforma Logística Multimodal do São Francisco irá consolidar a região como um moderno polo agroexportador e um corredor multimodal no centro do Nordeste.

A área prevista para o empreendimento na primeira etapa é de 70 hectares e contará com um investimento inicial de aproximadamente 100 milhões. O projeto apresenta um sistema integrado entre Porto, Hidrovia, Ferrovia e Rodovia. O objetivo deste projeto é converter a bacia do Rio São Francisco no principal corredor de transportes entre as regiões do Sudeste e Nordeste do Brasil, além fortalecer a capacidade do nodo logístico de Petrolina/Juazeiro para realizar as funções de logística conjunta local, regional, macrorregional e internacional, incluindo múltiplos atores públicos e privados, tendo em conta as modalidades de gestão compartida.

Para incentivar a economia, o Governo Federal determinou o envio de recursos para melhorar o canal de navegação do Rio São Francisco. A iniciativa privada também demonstrou interesse na construção de um centro logístico de distribuição de cargas na localidade de Juazeiro.


Rede Ferroviária – A Ferrovia Centro Atlântica liga Juazeiro à Salvador e está com previsão de restauração para melhorar o transporte das exportações para o Porto de Aratu. Além dela, um ramal da Transnordestina ligará o Vale do São Francisco ao projeto. O objetivo é constituir um corredor entre Parnamirim (PE) – Juazeiro (BA)/Petrolina (PE) – Feira de Santana (BA) com a extensão de 580 km que interligará o Nordeste.

A Ferrovia Transnordestina alavancará o desenvolvimento econômico de diversos setores em sua área de abrangência, especialmente o polo gesseiro do Araripe e o polo agroindustrial de Petrolina e Juazeiro. Integrará o sistema hidroviário do São Francisco, tornando mais eficiente a logística do transporte de cargas. Os foco do transporte tem como principais produtos: o cimento, o sal, açúcar, arroz, soja, manufaturas – principalmente de madeira e gesso, e as frutas do Vale do São Francisco.

Malha Rodoviária – A BR 407 é a principal rodovia de acesso à Juazeiro. Dentro do perímetro urbano, com extensão de 10 km, ela está sendo duplicada para adequar à Travessia Urbana aos novos tempos do progresso na região. O projeto foi orçado em R$ 76 milhões e licitado no início de ano. Atualmente a obra passa pela fase de terraplanagem nos trechos que compreendem o Ceasa da cidade e o Distrito Industrial.

Porto e Hidrovia – Dentro dos planos da Integração Nacional está a revitalização da navegabilidade do Rio São Francisco nos trechos de Pirapora (MG) até Juazeiro (BA). Com uma extensão de 1.371 km, ela se constituirá em um corredor de exportação dos grãos do Oeste Baiano que chegarão ao Porto de Juazeiro onde será distribuído pelos meios logísticos ao restante do Nordeste. São 54,7 mil toneladas de produtos agrícolas de acordo com o levantamento do Ministério dos Transportes a serem potencializados.




☆ 71





☆ 72





☆ 73





☆ 74






☆ 75





☆ 76





☆ 77





☆ 78






☆ 79





☆ 80





- Projeto Salitre -



Foto: Jorge Serejo - Codevasf


Implantação do Projeto Salitre com uma área irrigável estimada de 31.305 ha, compreendendo estudos e projetos, aquisição de terras, infraestrutura básica de uso comum e medidas de proteção ambiental. Inclui ainda administração fundiária, organização de produtores, apoio em administração, operação, manutenção, assistência técnica e capacitação de técnicos e agricultores na fase de operação inicial. O Projeto Salitre localiza-se à margem direita do Rio São Francisco, no município de Juazeiro, no Estado da Bahia, entre os paralelos 9º31'43" e 9º52'18" no hemisfério sul, e entre os meridianos 40º15'00" e 40º37'00" a oeste de Greenwich. O acesso à área do Projeto se dá pela BA-210, que liga Juazeiro a Sobradinho, numa distância aproximada de 20km.

População Beneficiada: 131.481
Área irrigada no ano (ha): 377 ( até maio/2011)
Nº Empregos diretos: 31.305
Valor Bruto da Produção (R$): 745.331,40 (em maio/2011)
Nº Empregos indiretos: 626.116
Rendimento (R$/ha): 1.977,01





Fonte: Relatório de Dados da Produção - Codevasf 2013. Montagem de Tabela e Gráfico de Valor Bruto da Produção: Harisson Souza


Nas áreas irrigadas os produtos cultivados são: Abóbora, Acerola, Banana, Batata, Beterraba, Cebola, Coco, Feijão, Goiaba, Inhame, Leucena, Limão, Macaxeira, Mamão, Manga, Maracujá, Melancia, Melão, Milho, Pastagem, Pinha, Pimenta, Pimentão, Quiabo, Romã, Tomante e Uva. Investir no Perímetro Irrigado Salitre é uma das melhores opções do agronegócio brasileiro. Além de toda a infraestrutura de irrigação, o empresário contará com o apoio de centros de ensino, pesquisa e tecnologia. A mão-de-obra especializada confirma a visão de vanguarda da região, que está preparada para atender as exigências dos mercados consumidores. Com ótimas condições edafoclimáticas para a produção de frutas e hortaliças no País, o Salitre conta ainda com uma boa infraestrutura de transporte rodoviário e um aeroporto aparelhado para o transporte de cargas para escoamento da produção. O Perímetro Irrigado Salitre já é uma realidade no cenário econômico da Bahia. Com uma alta produtividade e elevado padrão de qualidade predominante na região, o investidor encontra em Juazeiro retorno seguro do seu investimento.



Foto: Jorge Serejo - Codevasf



Fonte Hídrica..........................................................Rio São Francisco
Área Bruta...........................................................................67.400 ha
Área Irrigada Total...............................................................33.900 ha
Área de Sequeiro................................................................16.600 ha
Área de Reserva Legal........................................................13.500 ha
Área de Preservação Permanente.........................................1.800 ha
Áreas Diversas a Preservar....................................................1.600 ha
Altitude média..........................................................................430 m
Temperatura média anual...........................................26,4 ºC
Temperatura média das máximas................................32,4 ºC
Temperatura média das mínimas.................................24,6 ºC
Umidade relativa do ar média anual.................................61%
Precipitação média anual.....................................440 mm/ano
Evapotranspiração............................................2.256 mm/ano
Velocidade dos ventos................................................3,3 m/s
Insolação média anual.........................................2.830 h/ano





☆ 81





☆ 82






☆ 83






☆ 84






☆ 85






☆ 86







☆ 87






☆ 88







☆ 89






☆ 90





Turismo || Juazeiro


Como o próprio IBGE mostra, Juazeiro é uma cidade de população muito jovem. Adicionando as características de povo alegre e hospitaleiro, a localidade oferece atrativos culturais que revelam a tradição e a constatação do codinome - Terra da Alegria. É o principal ponto de divisa entre os estados da Bahia e Pernambuco, mantém-se com um próspero comércio às margens do Rio São Francisco e um moderno polo agroindustrial, com intensa atividade de exportação. A cidade ainda guarda alguns monumentos da arquitetura civil do século passado, tendo se modernizado com a urbanização da orla fluvial e a reforma dos arcos da ponte Eurico Gaspar Dutra, agora ocupados por pequenos bares e restaurantes. Também apresenta traços culturais marcantes nas artes, nas tradições e na música, revelando João Gilberto e Ivete Sangalo como ícones reconhecidos internacionalmente. As festas de Juazeiro sempre foram famosas e atraem pessoas de diversas regiões do estado e cidades circunvizinhas como é o caso do Carnaval.



Carnaval de Juazeiro - Fotos PMJ e Montagem Harisson Souza


Em Juazeiro, o carnaval foi oficializado em 1914, com a fundação do clube carnavalesco Embaixadores de Veneza, com muito luxo, pedrarias, carros alegóricos, despertando assim o espírito carnavalesco no Juazeirense festivo. Caracterizou-se nos três dias de folia, com entrudos (brincadeiras de água) e talcos ou outros tipos de pós. Durante o dia os clubes centrais, como Sociedade Apolo juazeirense, 28 de Setembro, Artífices Juazeirense e outros, recebiam os animados foliões, fantasiados com confetes, serpentinas e lança perfume Rodouro (metálica), para as dançantes matinées, ao som do jazz ou orquestras vindas de Jacobina e da própria região. Quem não queria brincar em clubes ficava pelas ruas pulando ao som das músicas transmitidas pelas caixas de som instaladas nos postes (rua da 28 de Setembro e rua d’Apolo ) ou sambando ao batuque de alguns foliões mais animados. Uns mascarados de monstros (látex) correndo atrás dos meninos, homens vestidos de mulher, com soutien, saia curta de babados, sapato alto e sombrinha, outros nos mais extravagantes trajes. O povo enchia as bisnagas de perfume, xixi ou mesmo água e jogava nos mascarados que passavam em grupos.


Em 2014 a festa completará 100 anos e será realizado durante os dias 07 até 16 de Fevereiro.


A partir de 1955, à noite, as batucadas faziam a festa disputando o título da melhor do ano, mas nada igual à batida cadenciada da Cacumbú. A porta bandeiras criava malabarismos e os componentes orgulhosamente ostentavam o nome da escola, contando com a participação do povo que cantava e dançava até às 23h, quando se ouvia o hino da 28 de Setembro e da Sociedade Apolo Juazeirense, avisando que o carnaval nesses clubes estava começando para terminar com o nascer do sol. A Quarta feira de Cinzas tinha o sabor do bem e da saudade: “São quatro dias de folia e brincadeira, você pra lá e eu pra cá até quarta-feira…”. Hoje o carnaval de Juazeiro se adéqua aos novos tempos. Trios Elétricos, blocos disputando qual o mais bonito abadá e camarotes completam a festa de momo. Mas a tradição dos antigos carnavais de fantasias e máscaras ainda caminha pelas ruas de Juazeiro. Como em Salvador, o Carnaval de Juazeiro é realizado na rua. O circuito oficial estende-se por aproximadamente 3 quilômetros na Orla 1, entre a concentração, na Avenida Adolfo Viana, e a travessa Edson Ribeiro. O circuito fica às margens do Rio São Francisco. Além disso, são montados dois palcos, na Orla 2, para estrelas nacionais, atrações culturais e artistas locais. A cidade faz parte da região turística dos Lagos e Cânions do São Francisco e atrai cerca de 500 mil pessoas, sendo o maior Carnaval do Interior Baiano.


☆ 91





☆ 92






☆ 93





☆ 94





☆ 95






☆ 96






☆ 97







☆ 98






☆ 99





☆ 100




- Atrativos -


Banhada pelo imponente Rio São Francisco, a cidade de Juazeiro reserva belas praias de águas doces e ilhas fluviais. Ao longo da orla, bancos de alvenaria à sombra de amendoeiras, tendo a Ponte Eurico Gaspar Dutra – que liga Juazeiro a Petrolina – ao fundo, é a pedida ideal para quem curtir o pôr-do-sol ao som de boa música. O cenário bucólico serviu de inspiração para o cantor Caetano Veloso, na música “O Ciúme”, onde canta a cidade em versos, reverenciando tamanha beleza: “"Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia // Tudo esbarra embriagado de seu lume // Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia”". Estruturada para receber bem o visitante, a orla concentra variadas atrações. As barracas oferecem o melhor da culinária regional, enquanto artistas se revezam nos palcos, entoando canções da MPB. Para quem curte mais agito, o calçadão agrupa bares que tocam pagode e forró, e capricham no churrasco de picanha. Por vezes, a animação se estende pelas ruas, palco de danças animadas entre a galera jovem.




Cultura Local - Foto: Harisson Souza


É também na orla que fica o tradicional restaurante “Vaporzinho”. Funciona dentro do vapor Saldanha Marinho, construído na América do Norte e adquirido pelo Imperador D. Pedro II para navegar nas águas do São Francisco, depois de já ter passado pelos rios Mississipi e Amazonas. Envolto em lendas e mistérios, o atrativo reserva histórias seculares sobre a região e o famoso rio, criando um ambiente descontraído, regado à bossa nova, bolero e salsa. A especialidade da casa é o surubim, que preparado de diversas maneiras, é um verdadeiro deleite ao paladar. Para sobremesa, a pedida é ir até a Praça São Tiago Maior, onde as sorveterias oferecem variados sabores de frutas típicas locais, como umbu, manga, pinha, mangaba, jaca e coco verde. Nesta mesma praça, uma imensa estátua de bronze, em meio ao jardim, encanta pela beleza. O curioso é que não se sabe, ao certo, a quem se presta à homenagem: enquanto a história oficial relata ser a estátua de São Tiago Maior, os mais antigos defendem se tratar, de fato, de uma representação do banqueiro mais forte de Juazeiro. Na dúvida, aproveite para curtir a tranqüilidade do local e ouvir boas histórias de outrora. A gastronomia local é à base de surubim grelhado, bode assado e carne do sol. A grande pedida nos restaurantes é também a porção de macaxeira (aipim) cozida e depois frita na manteiga de garrafa, que derrete na boca. Mas a comida baiana também tem seu espaço no município. Pratos como caruru, vatapá, bobó de camarão, moqueca, sarapatel, carneiro e buchada são indispensáveis. O destino também é um dos maiores produtores de vinho do país.




☆ 101





☆ 102







☆ 103






☆ 104






☆ 105






☆ 106






☆ 107






☆ 108





☆ 109





☆ 110





- Cidade da Música -


Na cidade natal de João Gilberto e Ivete Sangalo, a população se orgulha dos 5 Grammys Latino. Com diversos nomes de cantores e compositores que embalaram a Bahia e o Nordeste, Juazeiro é referência como um berço musical. João foi para o Mundo com a sua Bossa Universal, na Juazeiro de João não havia rua nos fundos da casa da família Prado Pereira de Oliveira, e o menino abria o portão já quase pondo os pés nos barrancos do Rio São Francisco, onde mergulhava. A separar as águas da cidade, uma bela balaustrada, recosto na juventude para ele tocar violão com os Enamorados do Ritmo.



João Gilberto e Ivete Sangalo são os filhos mais ilustres


João amava a companhia de outros amigos que nem estão mais por aqui, como Valter, Pedrito, Edésio, Euvaldo e Eurípedes, o Seu Galo. Este era assim conhecido por seu prazer em falar e cantar, radialista que fazia sucesso no serviço de alto-falante com os programas "O que o povo precisa saber" e "Brancas e pretas", compositor de "Janaína, senhora do mar", que João entoava na Ilha do Fogo, e dali segui para passear na vizinha pernambucana Petrolina.

- Ele entrava aqui em casa, abria as gavetas, pedia Toddy, deitava na nossa cama - lembra dona Ananda, viúva de Galo. - Os dois saíam para farras e mais farras. E deixavam a louça toda para eu lavar.

Para quem só pensa em João curvado sobre seu violão, pode ser estranho saber que ele amava dançar no salão da Sociedade 28 de Setembro, onde também cantou. O clube está fechado e sem conservação, mas foi comprado pela prefeitura para, após reforma, sediar a Secretaria de Cultura e uma escola de música e dança.
- Ele dançava valsa, bolero, sempre bem e com muita elegância - recorda-se Edeth Moreira Duarte, um dos pares.

João amava se sentar na Praça Imaculada Conceição, mais conhecida como Praça da Matriz por causa da Igreja de Nossa Senhora das Grotas. Podia ali escrever um poema para a amiga Regina Falcão. A praça perdeu a uniformidade arquitetônica das casas de inspiração portuguesa, restando entre os exemplos a residência de número 20, onde João nasceu.



Ivete no Madison Square Garden, NYC em 2010


Ivete Sangalo também nasceu em Juazeiro, em uma família de músicos onde passou sua infância inteira. É filha de Maria Ivete Dias de Sangalo e Alsus Almeida de Sangalo e a caçula de outros cinco irmãos. Ela é de ascendência espanhola por parte de pai. Quando pequena, Ivete já acompanhava as músicas tocadas nas horas vagas por seu pai e sua irmã mais velha, Mônica, além de que costumava cantar no colégio onde estudava, e aproveitava os intervalos para tocar violão, o que fez adquirir logo cedo seu gosto pela música.Nos saraus familiares, encarregava-se da percussão. Aos dezoito anos, iniciou sua carreira musical tocando em barzinhos. Sua primeira apresentação foi em um barzinho em Ondina, bairro de Salvador, em agosto de 1992, levada por sua irmã Mônica Sangalo que já cantava e tocava no lugar.

Na época, o cachê era pago com um jantar. Em seguida, realizou alguns shows em cidades do interior da Bahia, chegando a apresentar-se também em Petrolina, Pernambuco. Nesta época, na sua cidade natal, Juazeiro, Ivete Sangalo recebeu um convite para abrir o show de Geraldo Azevedo no Teatro do Centro de Cultura João Gilberto. Ainda em 1992, chegou a formar uma banda de samba e funk. Em 1993, Ivete Sangalo assume o comando da Banda Eva nos vocais e o grupo assina contrato com a Sony Music, a partir daí, alavancando sua carreira profissional. Filha de pernambucana, Ivete Sangalo recebeu o título de cidadã pernambucana em 2002. Também recebeu, em 2004, o título de cidadã soteropolitana, em 2008 de carioca e em 2011 de cidadã mineira.



☆ 111





☆ 112





☆ 113






☆ 114






☆ 115





☆ 116



☆ 117





☆ 118




☆ 119





☆ 120


☆╮Vale do São Francisco╰☆╮






- Fontes -

AIBA
Bahia Tursa
Codevasf
Conab
Consórcio Salitre
Deltaville
Detran/BA
Diário do Nordeste
Governo da Bahia
FIEB
IBGE Cidades@
Ministério da Educação
Ministério do Trabalho
Ministério dos Transportes
Moscamed
O Globo
Prefeitura Municipal de Juazeiro
Seagri/BA
SECOM Bahia
Secretária de Planejamento da Bahia/SEPLAN
Special Fruit
Target
UOL
Valexport

Viewing all articles
Browse latest Browse all 34720

Trending Articles